segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Joana Luísa da Gama

A Luz e a Rosa

Entre beijos
e silêncios
celebram a vida
nos os braços
de cada hora


Os olhos
acendem a noite
as mãos
rasgam incertezas


Misturam os dedos
pássaros de fogo
naufragos no corpo


As madrugadas
são bosques
onde as heras
crescem
sobre a pele
nua


No espelho
as mãos
as harpas
o vento
as pombas
as muralhas
ancorados
boca a boca .

domingo, 30 de janeiro de 2011

Rio Azul

A Luz e a Rosa,

Procuro
a teus pés
a liberdade

Espaço
azul
de luz

Fogo
de espanto
florindo

Sombra
do adeus
ardente
                                     de reencontro .

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Um lugar de árvores

A Luz e a Rosa

Nos longes
dos olhos
onde se adoçam
distâncias
semeiam-se
velas
no destino
das marés

Acariciada
pelo morno
da tarde
desenha-se branca
a semente
do beijo
sobre os lábios
silêntes

O voo
da boca
é um pássaro
de sol
uma ânfora madura
de frutos
e musgos .

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Árvore de Tenerife

A Luz e a Rosa

Viver
sem o gume
do tempo
sobre os ombros


O sol
fecundo
sedento
e ardente


O limite
suspenso
na luz


Sereno
o voo
da gaivota
escondida
nos braços



As mãos
com feitio
de asas


No vento
cavalos
espantados
entre o sono
das giestas


Vida azul
de sal
e destino .

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Rio Azul

A Luz e a Rosa

Há uma flor
nos lábios
dos dias
uma sedução
nos braços
da saudade


As palavras
emudecem
na intacta
nudez
dos olhares


A luz
desenha
a compasso
as formas
do teu rosto


As mãos
desfolham-se
em claridades
indiferentes a tudo
o que sabem ser
inacessível .

domingo, 16 de janeiro de 2011

Açores

A Luz e a Rosa

Existir
ao ritmo da alma
à luz da fogueira


Estremecer
na sombra da imagem
entre pétalas de flor


Construir
dunas de desejo
grão a grão retiradas
da poeira da vida


Existir
à luz da alma
ao ritmo da fogueira


Tocar
a orla rosa
de uns doces
lábios


Silênciar
no peito
o grito virgem
da solidão .


Existir
à luz da fogueira
ao ritmo da alma .

sábado, 15 de janeiro de 2011

Açores


                                         São as árvores que constroem a claridade das sílabas.

A Luz e a Rosa

A luz era o cerne
a rosa o horizonte


Nada mais para dizer
do que esta palavra terra


Um gesto em chama
abrindo a sombra
no teu corpo de silêncio


O espaço de um beijo
suspenso nos lábios
respiro a luz
bebo no instante a rosa .