segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Nas Margens do Azul
Há
uma janela
aberta
entre
a palavra
e a vida
Um respirar
secreto
Um voo
incerto
Uma aragem
que desata
a esperança
do sonho .
do sonho .
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Nas Margens do Azul
Redescobri
o teu
corpo
na respiração
do mar
Feito
de algas
e delicadas
estrelas
De asas
azuis
e alma
de horizonte
Seiva
de luz
embalada
na volúpia
das ondas .
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Nas Margens do Azul,
Búzios
de vozes
rochosas
Breves
segredos
do mar
Breves
memórias
do teu
sorriso
do teu
olhar .
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Nas Margens do Azul,
Estende-se
sobre
as águas
a sua
presença
A sua voz
de maré
navegante
A sua rede
de eterno
pescador .
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Nas Margens do Azul,
Procuro
no voo
solitário
da gaivota
o destino
dos teus
braços
Desse
amplexo
generoso
de onda
espraiada
no mundo .
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Nas Margens do Azul
Só
a claridade
da palavra
separa
o horizonte
por onde
se estendem
as águas
da linguagem
Só
o reflexo
rasante
do verso
transporta
o sonho
infinito
da luz .
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Nas Margens do Azul
A tarde
tem tudo
por dizer
Tudo
o que
os olhos
escondem
Tudo
o que
a boca
despe
Toda
a esperança
clara
A tarde
é uma
barca
alba .
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Nas Margens do Azul
Encontro
no remar
dos signos
o ritmo
das marés
Os lugares
onde o mar
invade
o silêncio
das areias
O versar
na bolina
onde a natureza
é alma gémea .
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Nas Margens do Azul
A luz
suave
feita
de paz
ocupava
o espaço
imenso
do céu
O mar
sereno
com uma
vela branca
no horizonte
crescia
no longe
dos olhos .
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Nas Margens do Azul
Mar
esteira
de luz
nos olhos
rasos
de azul
Serenata
suave
de silêncio
Eterno
sorriso
de infinito .
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Nas Margens do Azul
A palavra
é um
verbo
de água
rodeado
de esperança
Um voo
de ave
ao vento
Um azul
de alma
que ilumina
o sonho .
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Nas Margens do Azul
Somos
feitos
da matéria
da luz
Sopro
que se transforma
em vida
Em cada
instante
inacabado .
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Nas Margens do Azul
Descobri
no vento
da serra
a tua
ausência
Perfumada
de alecrim
e rosmaninho
Espalhada
pelos caminhos
do meu
corpo .
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Nas Margens do Azul
Se eu fosse
vela
do mar
De alma azul
e asas
de horizonte
Partia
para te achar
naquela praia
Onde o tempo
nos gravou
indeléveis
inscrições .
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Nas Margens do Azul
Doce
claridade
da luz
No abraço
do rio
iço a alma
e a vida
Barcos
ancorados
sonham
com a origem
do murmúrio
das marés
O dia azul
constrói-se
na navegação
do verso .
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Garça-branca-pequena (Egretta garzetta)
Imagem de Francisco Clamote captada na Lagoa de Santo André.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
O som que hoje vos proponho. "Samba pa ti" - Carlos Santana
Este tema foi seleccionado pelo meu amigo Pedro Lemos
Nas Margens do Azul
O tempo
não passou
no silêncio
do desejo
Desdobra-se
nas palavras
em cânticos
brancos
Ergue-se
nas mãos
em voos
suaves
O tempo
não passou
de desejo
de silêncio .
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Nas Margens do Azul
Vou
esperar
nas margens
do azul
a memória
conquistada
dos signos
Os sonhos
cristalinos
dos lábios
Os caminhos
primitivos
das mãos
As nascentes
salgadas
onde nidifica
o amor .
sábado, 5 de fevereiro de 2011
A Luz e a Rosa
Sempre
haverá
uma saudade
infinita
do nosso
mar
de passagem
Sempre
haverá
o silêncio
das tuas mãos
passeando
no meu
rosto
Sempre
haverá
no tempo
longo
das marés
o retorno
subtil
do calor
dos teus
lábios .
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
A Luz e a Rosa
A pele
branca
da areia
Os seios
nus
A boca
madura
de esperança
Demora-se
o beijo
A sombra
recua
o sol
avança.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
A Luz e a Rosa
Repousam
as mãos
num sono
claro
Dedos
sonolentos
procuram
o nome
azul
da nudez
Intensamente
um fruto
queima
sobre o corpo
matinal
da luz .
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
A Luz e a Rosa
Exacta
a existência da luz
que acende
no vazio da terra
a génese do amor
despertando o sonho
que adormece
e ao acordar debate-se
contra os desígnios
da solidão
Exacto
o paraiso simples
que se ergue
no voo frugal
de um pássaro libertino
rumo ao prémio alcançado
e um dia já marcado
pelo traço
curvo do destino .
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
A Luz e a Rosa
A madrugada
perfuma
o dia claro
Sobre as mãos
repousa
o doirado
da luz
A tua boca
feita água
clara
embala em murmurio
as sombras
quentes
do meu rosto .
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