quinta-feira, 26 de junho de 2014




Havemos de entender o ofício da poesia.
É tempo de abrir as portas ao trabalho
das palavras, de tecer os lugares da casa
com poemas de luz.
Dança a lua sobre o rio, num lugar chamado
tempo há sons que dançam no vento.
Dançam na noite as palavras
dos homens altos.
O livro ainda alimenta a nossa esperança.

Não sabemos quando a noite se perdeu,
mas a cidade já corre para o fogo do dia.
A luz espreita o interior das abandonadas
sombras, com a sua escrita solar.
O rio já começou a azular, a deixar
o tom cinza, venham reaver a esperança.

Havemos de entender o ofício das manhãs.