Havemos
de entender o ofício da poesia.
É
tempo de abrir as portas ao trabalho
das
palavras, de tecer os lugares da casa
com
poemas de luz.
Dança
a lua sobre o rio, num lugar chamado
tempo
há sons que dançam no vento.
Dançam
na noite as palavras
dos
homens altos.
O
livro ainda alimenta a nossa esperança.
Não
sabemos quando a noite se perdeu,
mas
a cidade já corre para o fogo do dia.
A
luz espreita o interior das abandonadas
sombras,
com a sua escrita solar.
O
rio já começou a azular, a deixar
o
tom cinza, venham reaver a esperança.
Havemos
de entender o ofício das manhãs.